- Você não me conhece
eu tenho que gritar isso, por que você está surdo
e não me ouve.
A sedução me escraviza a você
ao fim de tudo você permanece comigo, mas preso ao que eu criei
e não a mim.
E quanto mais falo sobre a verdade inteira , um abismo maior
nos separa
Você não tem um nome
eu tenho.
Você é um rosto na multidão
eu sou o centro das atenções.
Mas a mentira da aparência do que eu sou
e a mentira da aparência do que você é
por que eu não sou meu nome
e você não é
ninguém.
O jogo perigoso que eu pratico aqui
ele busca chegar ao limite possível de aproximação
através da aceitação da distância
e do reconhecimento dela.
Entre eu e você existe a notícia
que nos separa
Eu quero que você me veja a mim
eu me dispo da notícia
e a minha nudez parada,
te denuncia e te espelha
Eu me delato
tu me relatas
eu nos acuso.
E confesso por nós
assim me livro das palavras com as quais,
você me veste.
[Poema de Fauzi Arap]
sexta-feira, 23 de abril de 2010
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=o
ResponderExcluirQue poema cru. Lindo!
fauuuuuzi ahazando!
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