domingo, 11 de abril de 2010

chama teu nome.

- eu não to procurando sentir mais nada.
já me cansei de suspiros absurdos.
já não me faz calor.
só me habita o frio, denso e dolorido.
passear olhando os tacos por onde piso.
e ver que neles existem pegadas suas.
ver também que nem que eu queira, meu pé não é do mesmo tamanho que o seu.

e chorar por descobrir que meu coração não está dentro do seu.
ou que quer, sair dali. e você faz de tudo pra eu mudar o que quero.
parece mentira quando digo e lhe mostro que não o quero.
é por que deve ser mesmo.
você tem mania de saber mais que eu sempre.
não adoro isso. mas respeito.
aceito.

lhe darei uma antena parabólica.
procê sintonizar meu coração daí.
me assistir, e ver quais filmes  passam dentro dele.
onde todos , no elenco existe um cachorro, uma árvore.
eu.
e você,

sinto o frio do seu colo me congelar.
ao mesmo tempo que sua mão quente, me afaga.
me sinta. e me beije.
me deixe lembrar.
não me sinta esquecer.
o que eu não vivi.
ou o que eu luto sempre pra viver.

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